segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Raiar de fúria

Um raio. Segundos depois, outro. Uma raiva admirável, a fúria da Natureza. Uma fúria calada, silenciosa. O nervosismo acumulado numa imensidão de matéria que explode aquando no pico do aglutinar de acontecimentos contraditórios ao normal ou à vontade. Horrível e triste para uns, maravilhoso e fantástico para outros. Sua silenciosa presença provoca grandes danos, não só físicos, mas também o receio da sua vinda, da sua chegada, da sua revelação. Provoca o maravilhamento àqueles despreocupados que acreditam e sabem que é assim e mais nada pode ser feito. E depois, explode mais uma vez, e outra, e outra… Mal se nota a sua presença. Nada a acalma, nada existe para calar o raiar de fúria e nervos daquela escuridão. Nada sufoca aquele desespero. Nada se intromete. E explode mais uma vez.