terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ai saudade...



Ai saudade

Saudade do que fui e não mais sou. Saudades da ingenuidade de olhares que desconhecia quando procurava conhecer esse lado obscuro onde sabia haver luz. Vontade de regressar à ingenuidade do desconhecido onde conhecia apenas o essencial. O essencial que me iludia nessa ilusão que não me desiludia a cada segundo do rápido tempo que teima em não passar.

Ai vontade

Vontade de regressar à ingenuidade das palavras não procurando ler as entrelinhas das linhas inutilmente ditas, insatisfatoriamente proclamadas sem o tom que procurava ouvir, sem tom algum.

Ai sorriso

Por saber que agora conheço mais o olhar que me parecia tão vazio, na imensidão de emoções que se escondem por trás dessa cortina. Ai sorriso por saber que conheço melhor do que pensava os mais vulgares desconhecimentos que me assustam por saber que me acalma saber o quando sei.

Ai confusão

Quando sei que o mau sabe bem porque é bom e o que é bom faz tão mal. Dualidades de consciências quando falta a sanidade para pensar e para sufocar essa insanidade, dando fôlego à própria da consciência.

Ai mente

Porque continuas a dizer constantemente que é errado quando certamente essa verdade está tão presa em mim, procurando eu a mentira numa prova irrefutável que conheço e procuro desconhecer.

Ai palavras

Que voltastes tanto tempo depois, agarradas a mim quando vos pensava tão soltas, numa proximidade que eu procurava manter distante, acalmando uma mente confusa e clara. Palavras, porque voltastes….?