sábado, 26 de março de 2011

Caminhos

No momento no qual estou, cada vez mais afastada do que foi o meu passado, procuro reconhecer-me. Ver-me ao espelho. Um espelho do passado e do actual. Não. Não sou a mesma. Sou tão diferente! Como o deveria ser, é certo. Contudo, não me reconheço. Não reconheço os actos que fiz e dos quais não me orgulho. Não me reconheço quando vejo do que desisti. Não me reconheço. Estou diferente. Muito provavelmente, por todos os trilhos pelos quais passei. Pelas belas florestas encantadas e pelos mares de espinhos. Pela luz e pela fúria da tempestade. Pela calma do campo e pela agitação do mar. Pisei os mais verdejantes campos e os mais tenebrosos espinhos. E mudei. Não poderia ser de outra forma. Hoje, não me explico a ninguém. Não o quero fazer. Não o devo fazer. Porque se quem me aceitou como era e me aceita como sou, também os outros me deverão aceitar. E quem não me aceitar, nada mais é do que mais um na multidão. Sou moldada pelas lutas, enriquecida pelas vitórias, adornada pelas amizades e fortificada pelo amor. Não importa de que forma. E se constantemente procuro olhar para o chão que piso de forma a fugir aos problemas, basta um simples gesto, um simples momento, para que tudo valha a pena. E se antes olhava para uma distância tão perto de mim, hoje olho para uma maior distância. Olho para o objectivo, para o fim pelo qual luto. Sonho demasiado alto? Talvez. Mas que somos nós se não sonharmos? Se não ambicionarmos? Eu luto, sonho, ambiciono, sorrio. E no meio de muita tristeza pela qual possa passar, sou feliz.

3 comentários:

Natural.Origin disse...

Caminhos da felicidade...

:)

lau-lise disse...

:)

Babî pulgamute disse...

Tudo na vida passa
Muito já se passou
Não há como voltar atrás
Só JESUS recomeço nos trás